Autor: Nora Raleigh Baskin
Editora: Novo Século
Páginas: 192
Lançamento: 2012
Classificação: 5/5
Sinopse: “Ao se Jason Blake é um autista de doze
anos vivendo em um mundo neurotípico, de “pessoas normais”. Para ele, quase
sempre é apenas uma questão de tempo até que alguma coisa dê errado. Mas Jason acaba encontrando um pouco de compreensão quando cruza com
Phoenixbird, uma garota que publica histórias no mesmo website que ele. Jason
pode ser ele mesmo quando escreve, e imagina que Phoenixbird, cujo nome
descobre ser Rebecca, pode se tornar sua primeira amiga de verdade. Mas tanto quanto ansioso por conhecê-la, Jason está apavorado com a
possibilidade de que, quando isso acontecer, Rebecca não seja capaz de
enxergá-lo como realmente é, indo além das aparências. ”
Quando escolhi esse livro para fazer
parte da minha meta de leitura desse ano, sabia que não encontraria uma
história de tirar o fôlego. Ou até mesmo uma história linda de superação devido
a “condição” do protagonista. Ainda bem que não esperei nada disso. Caso
contrário teria quebrado a cara.
Quem é Jason? Acredito que essa seja
a pergunta que rege a trama do início ao fim. Logo nas primeiras páginas Jason
quer contar sua história, e decide fazer isso de forma que nós possamos entender.
Isso porque a forma como ele compreende o mundo é totalmente diferente do
nosso. Quando ele tinha quatro anos sua mãe o levou a um lugar para ser
avaliado, e no final dessa avaliação ele soube que era autista. Sua mãe chorou
muito, e até hoje reluta em dizer essa palavra. Fiquei com a impressão de que
ela não aceita o que o ele é, e por isso sai procurando letras para definir o
filho como: ADOS (plano de observação do diagnóstico de autismo), DA (dificuldade
de aprendizagem) ou AAF (autismo de alto
funcionamento).
Jeremy é o irmão mais novo de Jason,
e uma das únicas pessoas que parece entender como a mente dele funciona. Quando
ele nasceu, sua vó pensava que ele não o amava já que ele não demostrava como
os demais. Ele percebia que nunca o deixavam sozinho com seu irmãozinho e se
perguntava se o motivo seria medo. Medo de que ele fizesse alguma coisa contra
ele.
Não posso ficar
contando o que acontece no livro porque isso com certeza vai tirar o encanto
que a obra tem. A narrativa dele é confusa e demonstra como os autistas
absorvem tudo ao seu redor. Por exemplo, enquanto ele está na sala de aula
ouvindo a explicação da professora, ele ouve os sons das lâmpadas
emitindo luz, o arranhar dos lápis nas folhas dos cadernos dos alunos, a roupa
dele sufocando sua pele. Ele é muito intenso com tudo e isso porque ele, literalmente, sente tudo ao mesmo tempo. Os pensamentos deles também são
confusos. Enquanto ele pensa na história que está escrevendo – Jason é um
escritor mirim – ele repassa partes do seu dia, lembra do cachorro que tinha,
de acontecimentos da escola, de roupas que gosta.
Eu gostei da forma
como a autora escolheu para contar a história por que isso permitiu que entrássemos
na cabeça dele e víssemos o mundo como ele vê. A mãe dele as vezes chora por
que acha que o filho não gosta dela por não abraçar, fazer carinho, conversar.
Ela está errada quando pensa isso. Na mente de Jason ele sabe exatamente o que
quer dizer para mãe para fazê-la sentir-se amada por ele. Mas as pessoas são impacientes
e nunca parecem esperar tempo suficiente para as palavras se formarem, o que
quase sempre implica no silêncio de Jason.
Aprendi muito com
esse livro. Aprendi que não adianta esperar um comportamento parecido com o
nosso das pessoas. Cada um é diferente e se até mesmo as pessoas que não são
autistas compreendem o mundo de forma única, quem dirá quem o é. Acredito que você
der uma chance ao livro, irá se surpreender. A resenha até ficou com um tom
mais sério do que o habitual, mas isso porque é assim que estou me sentindo ao
concluir a leitura. Separei alguns trechos para vocês. Espero que gostem e que
leiam.
Beijokas e até a
próxima!
“As vezes não há nada que possa me
manter inteiro. ”
“Como se mostra consideração?
Consideração é uma emoção. É um sentimento. Não se pode fazer um retrato disso.
Porque as pessoas querem que todos ajam da mesma forma que elas? Que falem como
elas. Que pareçam como elas. Que ajam como elas. E se não fizer isso... Se
você não fizer isso, as pessoas concluem que você não sente da mesma forma que elas
sentem. E então elas concluem... Elas concluem que você não sente absolutamente
nada. ”
Oiieee
ResponderExcluirNão conhecia o livro mas gostei da mensagem que ele passa, certamente às vezes a getnee spera tanto que as pessoas façam algo de uma maneira, e elas agem diferente e a gente se decepciona porque pensa: poxa eu não faria algo assim... Realmente aceitar que cada um é diferente e reage diferente às vezes custa, muito legal o livro trazer esse tipo de reflexão.
Beijos
www.derepentenoultimolivro.com
Oi, Priscila!!!
ResponderExcluirQuanto tempo menina, Jesus!
Eu confesso que não tenho tanto interesse no tema, mas gostei mais por causa de The GoodDoctor, pude entender um pouco mais essa condição. Não sei se leria o livro mas vou deixar anotado pela nota que deu.
Beijo
http://www.suddenlythings.com/
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