Meus Autores Favoritos - Khaled Hosseini

16 de mai. de 2017

Khaled Hosseini, filho de uma professora do segundo grau e de um funcionário do Ministério do Exterior, nasceu em Cabul, Afeganistão, no ano de 1965, mas mudou para os Estados Unidos em 1980. Hosseini formou-se na escola secundária em 1984, e em 1988 na Universidade de Santa Clara, onde ganhou o título de Bacharel em Biologia. Após alguns anos, ingressou na Universidade da Califórnia, San Diego, onde em 1993 recebeu o título de Doutor em Medicina. Completou o período de residência em Medicina Interna na Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, no ano de 1996.

Quando Hosseini era criança, leu desde poesias persas à romances como Alice no País das Maravilhas e a série do detetive Mike Hammers, do escritor Mickey Spillane. As memórias de um Afeganistão pré-invasão soviética e suas experiências pessoais, o levaram a escrever o seu primeiro romance, O Caçador de Pipas. Um homem hazara, chamado Hossein Khan, trabalhou para os Hosseini quando eles moravam no Irã. Quando Hosseini estava cursando seu terceiro grau, ensinou Khan a ler e a escrever. Ainda que o relacionamento com Hossein Khan tenha sido breve e um tanto formal, a afeição de Hosseini por esta amizade serviu como inspiração para o relacionamento entre Hassan e Amir em O Caçador de Pipas.
Hosseini também é autor de A Cidade do Sol, que narra o destino de duas mulheres, as quais acreditam fielmente nos caminhos traçados para elas, mas se surpreendem ao ver que nem sempre se pode ter o rígido domínio da existência. Esta obra traça em paralelo a trajetória destas personagens, até o inesperado encontro entre ambas.

Atualmente, Khaled Hosseini é casado com Roya Hosseini e tem dois filhos, Haris e Farah, a quem considera a noor de seus olhos.

Em entrevista com a revista Época, Khaled respondeu duas perguntas que mostra um pouco mais sobre a vida dele e do trajeto que  seu primeiro livro traçou, até ser publicado.

“ÉPOCA – Para muitos leitores, O caçador de pipas foi a primeira referência ao Afeganistão fora do noticiário sobre o terrorismo. Quanto ele mudou a imagem do país?
Khaled Hosseini – 
Existe uma diferença entre o que o autor espera e a vida que o livro acaba tendo. Minha ideia era escrever uma história leve. Estava interessado na vida dos dois protagonistas. Em particular Amir, o personagem principal. Não tinha a intenção de educar o público, até porque não imaginei que o livro seria publicado. Mas era impossível contar a história dos personagens sem explicar o que aconteceu no Afeganistão. A vida dos personagens foi impactada pelo Taleban, como a de outros habitantes do país. Qualquer história ambientada no Afeganistão teria como pano de fundo a guerra, a política e a perda. A situação do país era dramática. Quando meus editores leram o livro, perceberam que havia mais que uma história de dois garotos. Era uma janela para a vida no país. Não sentei para escrever com essa intenção, mas o livro cumpriu essa missão mesmo assim. O lado humano do Afeganistão não aparece no noticiário, só há guerra e violência.

ÉPOCA – Os afegãos o veem como um americano?
Hosseini – Nunca serei visto por eles como igual. Sempre que visito o país, reconheço isso e me comporto de acordo com essa percepção. Vivo nos Estados Unidos. Não enfrentei o que outros afegãos enfrentaram. Não posso fingir que isso não importa. É parecido com o que eu sentia quando era criança. Havia uma questão de classe. Eu era filho de diplomatas e tinha consciência de que vivíamos uma vida confortável, mas havia pessoas miseráveis nas redondezas. Eu escrevia sobre isso desde a infância. ”
Fonte: Época

Até hoje só tive o prazer de ler O Caçador de Pipas e A Cidade do Sol, e pretendo ainda esse ano, ler O Silêncio das Montanhas. Me lembro que quando iniciei a leitura, fiquei maravilhada com o lado humano que o autor descreve do Afeganistão, por que o que temos de contato com esse país é restrito a guerra e a violência. Entender um pouco da cultura, do estilo de vida deles me fez criar um pouco mais de interesse pela história desse povo e tive uma melhor compreensão da situação atual deles. Acredito que a leitura desses livros seja obrigatória para todo mundo, independente do seu estilo literário.


Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais desse autor que me encantou com seus livros. Já leram alguma das obras dele?


Beijokas e até a próxima!

5 comentários :

  1. Oi, Pri!
    Gente, eu jurava que esse cara era mulher :O Por conta do nome e tals...
    Ainda bem que seu post apareceu e me evitou de passar vergonha por aí hahahah
    Beijos
    Balaio de Babados
    Sorteio Dois Anos de Família Hallinson

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  2. Eu conheço oautor pelo livro O Caçador de Pipas, meu pai assistiu o filme e eu lembro até hoje que ele queria conversar comigo sobre o filme mas eu ficava muito irritado por que ele queria me dar muitos spoilers e acabamos discutindo um pouco por isso hahahahaha
    Recentemente eu descobri que tenho esse livro ,eu nunca comprei mas magicamente ele apareceu nas minhas coisas, provavelmente devo ter ganho de alguém que nem lembro mais, de tanto tempo que esta encalhado, e não me orgulho disso, vou tentar lê-lo logo.
    xoxo

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  3. Oooi!

    Eu conheço o autor há um tempão e ele só escreve coisa boa. Todos os livros são ótimos e trazem uma carga emocional muito grande, por conter inspirações de sua vida. Mas dos três, o meu favorito é A Cidade do Sol. Beijos,

    www.estranhoscomoeu.com

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  4. Oi Pri!! Eu leio e ouço falar de O Caçador de Pipas há anos, mas nunca li, uma vergonha! Preciso ler urgentemente e conhecer essa obra! Gostei da entrevista e saber um pouco mais do autor.

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  5. Oi Priscila,

    Também sou fã do autor, amei O caçador de pipas e A cidade do sol, mas já faz ano que li os dois.
    bjs

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