[Resenha] Corte de Espinhos e Rosas - Sarah J. Maas

 

Sinopse: “Depois de anos sendo escravizados pelos feéricos, os humanos enfim se rebelaram; mas a liberdade tem seu preço e, em meio a batalhas épicas, um Tratado é forjado para selar a paz e determinar os espólios de guerra. Uma muralha mágica então separa as espécies. Do lado feérico, mistério; do humano, apenas medo, desconfiança e dificuldade.

Num mundo sem futuro ou esperança, Feyre, filha caçula de um mercador humano falido, se torna caçadora para sustentar a família. Dura como as flechas que carrega, letal como sua pontaria, ela abandona as fantasias de garota pela árdua vida nas florestas ao redor de sua aldeia.

Sua única alegria é observar as cores e sonhar em capturá-las. Mas, na floresta coberta de neve, tudo é branco e árido; como o ódio pelos feéricos que carrega no coração; como as telas que não pode comprar ou colorir. Até que um enorme lobo cruza seu caminho... Sem hesitar, Feyre dispara... uma flecha. Um ato de rebelião.

Após matar o lobo, uma criatura bestial surge, exigindo uma reparação. Arrastada para além do muro, para uma terra mágica e traiçoeira - que ela só conhecia por meio de lendas -, a jovem descobre que seu captor não é um animal, mas Tamlin, Grão-Senhor da Corte Primaveril. Um feérico com um segredo, escondido sob uma máscara.

À medida que ela aprende mais sobre este mundo onde a magia impera, seus sentimentos por Tamlin passam da mais pura hostilidade a uma paixão avassaladora. Enquanto isso, uma sinistra e antiga sombra avança sobre o mundo das fadas, e Feyre deve provar seu amor para detê-la... ou Tamlin e seu povo estarão condenados.”

Editora: Galera Record| Páginas: 355 | Lançamento: 2016 |Gênero: Fantasia | Compre em: Amazon | Classificação: 5/5

A primeira vez que vi esse livro foi em um vídeo do YouTube, e me lembro de ter me apaixonado pela capa. Eu namorei ele só pela arte por meses. Até que chegou o mês em que um dos blogs que eu sigo fez um Top Comentarista valendo os dois primeiros volumes, e adivinhem? Eu ganhei! (yeah)

Mas infelizmente eles acabaram mofando na minha estante e logo em seguida dei um tempo do blog por motivos pessoais. Então assim que terminei a faculdade, peguei o volume 1 para ler (uau), de longe se tornou meu livro favorito. Sempre tive vontade de ler algo da Sarah – Trono de vidro está na minha lista faz tempo e desse ano não passa! – e só me arrependo de não ter lido antes.

Chega de papo e bora pra resenha né?

O livro começa contando a história de Freyre. Sua família já havia sido rica. Seu pai era comerciante e tudo que ela se lembra dessa época é bem diferente da realidade em que vive. Sua mãe morreu quando ela ainda era jovem. Seu pai deixou de ter vontade de viver e perdeu o brilho nos olhos após ter ficado manco e ter perdido toda sua fortuna. Agora ela vive com o pai e suas irmãs, Nestha e Elaine.

As condições de vida de sua família são extremamente precárias. Ela, mesmo não tendo idade pra isso, aprendera a caçar para manter todos alimentados. Sua relação com Nestha é complicada. Ela possui uma personalidade extremamente forte e a única coisa que parece que a faz sentir algo é o amor que demonstra por Elaine.

Em uma dessas caçadas, durante um inverno rigoroso seu destino é selado. Preocupada com o que possa acontecer com as irmãs caso ela não leve nada para casa, avista um lobo e decide que precisa matá-lo. O mundo de Freyre é divido entre humanos e feéricos. Estes possuem hierarquias entre eles no que tange a poder. São seres fortes e que segundo a história contada por todos, além de perigosos são impiedosos. Todos sabem que não devem se aproximar.

O lobo em questão parece ser um pouco diferente, maior do que os lobos normais, e Freyre por alguns instantes pensa que possa ser um feérico metamorfo. Entre pagar para ver e alimentar suas irmãs, ela mira sua flecha e acerta em cheio o lobo que parece apenas olhar para ela enquanto sua vida se esvai.

Intrigada com a cena, retorna para casa. A caça é motivo de alívio e na manhã seguinte vai até a cidade trocar a pele do lobo por dinheiro. 

A única paixão que Freyre tem e o luxo que ela fica feliz quando poder ter, é pintar. Ela sente em seu coração a complexidade das cores, forma as imagens em sua mente e simplesmente pinta.

Em uma noite uma fera invade sua casa e exige que uma vida seja paga por outra, já que seu amigo – o lobo – foi morto por ela. Para manter a família a salvo e cumprir a lei que a fera mostrou ser inflexível, ela vai e atravessa a muralha mágica, responsável por separar os mundos dos humanos e feéricos, até o reino de Tamlin. 

A partir daí podemos acompanhar o amadurecimento de Freyre, suas inquietações, sua luta por entender o que está sentindo por um ser que aprendeu a odiar por meios das histórias.  

"Eu sabia... eu sabia que seguia um caminho que provavelmente terminaria com meu coração mortal despedaçado, mesmo assim... Mesmo assim, não pude evitar."

Além desse conflito interno, existe uma praga que está se alastrando nos reinos feéricos e pode alcançar o reino humano, o que deixa Freyre preocupada.

Freyre não é santinha como a maioria das protagonistas são. Ela teve um caso com um cara da aldeia dela, e só o usava para satisfazer suas necessidades. 

O livro possui cenas de sexo bem descritivas. A sensualidade flui pelas páginas. O que me prendeu ao livro foi a riqueza dos detalhes. Cada momento descobria algo diferente e nossa, eu fui surpreendida mais de uma vez com o caminhar da história.

Eu amo isso. Adoro quando não consigo prever o que vai acontecer. Isso faz com que eu literalmente sinta fome pelo livro. A escrita da Sarah é fluida e sem rodeios.

Li os três volumes em duas semanas, e ainda sinto vontade de reler só pela saudade que eles deixaram e o carinho que passei a ter por essa história.

E vocês? Já leram? Gostaram? Me contem a experiência de vocês. E se tiverem indicações de livros podem deixar nos comentários.

Beijokas da Priih