Sem sombra de dúvidas esse foi um livro muito especial para mim.
Novamente acabei lendo em um dia, de tão presa que estava na história. Amo essa
sensação de terminar um livro e sentir como se ele estivesse em mim... como se
fizesse parte de mim.
Em O Silêncio das Águas vamos conhecer Maggie. Ela tem apenas seis anos
quando seu pai decide que irão morar com Katie, sua futura esposa. Maggie está
acostumada com as tentativas de relacionamento do pai, só que dessa vez, ou
melhor, pela primeira vez ela sente que as palavras do pai são verdadeiras:
"dessa vez é para sempre Maggie May."
Antes uma família que era composta por duas pessoas, agora passou a ser
por cinco. Além de uma mãe, Maggie ganhou um irmão da sua idade e uma irmã um
ano mais nova. Gosto muito de narrativas do ponto de vista de uma criança. Não
sei explicar por quê, mas acredito que parte do motivo seja a leveza nas
palavras e a forma inocente e fácil de ver as coisas.
Nas primeiras páginas acompanhamos a troca de mensagens entre Maggie,
agora com dez anos, e Brooks - amigo de seu irmão Calvin. Ela insiste que ele a
ama mesmo ele repetindo incansavelmente que a odeia. Mas segundo Jamie - irmão
mais velho de Brooks -, os meninos falam isso quando gostam das meninas (rsrs
irmãos mais velhos).
Dias se passam e a data do
casamento está marcada, e os dois precisam se encontrar. Ela marca o encontro
em frente a um tronco retorcido. Maggie sabe que jamais deve sair sozinha de
casa, sem sua irmã, mas Cheryl se recusa a ir. Então Maggie vai sozinha.